quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Saudações Leitores Nefastos





Em 16 de Setembro de 2012, mesmo dia em que minha filha Marcela completava 1 ano nascia também a Cabeça Nefasta Nº1, a revista que por longos 6 anos se manteve em estado embrionário, apenas amadurecendo ideias e fazendo florescer personagens junto ao companheiro Rafael Heinen.
Em uma dura e pensativa batalha em nossas cabeças desenvolvemos dois personagens centrais: O Condicionado e O CyberMendigo. Duas faces da mesma moeda. Um sonha enquanto o outro encara a dura realidade do cotidiano ao qual está preso. Mas qual é qual? Qual deles está verdadeiramente desperto? O que é a realidade?
Cabeça Nefasta é o espelho do mundo sutil que vivemos todos nós: sonhadores e realistas, juntos em uma orgia de sentidos a flor da pele. 
Ao abrir a revista nos deparamos com uma/duas histórias catastróficas que dizem respeito ao humano e ao inumano, sem ao menos sabermos de qual se trata qual. A primeira narração exibe o ser Condicionado, o próprio "João-Ninguém" em seu sentido metafórico. É uma vítima das circunstancias que o rodeiam ou seu cúmplice? Qual sua função no mundo? Quem ele é? Terão respostas, essas indagações? O condicionado é o personagem da contracultura. É a criação jogada ao azar. Suas atitudes dependem da pagina anterior. Seu futuro é incerto e por isso humano. Não é de maneira alguma o herói ou o bandido, tampouco o protagonista, apenas um figurante focado. O Anti-personagem.
A segunda história cede lugar ao CyberMendigo, o personagem que sonha, que traduz sua narratividade em uma situação onírica. Não faz sentido aparente, possui imagens confusas e dispersivas, como num sonho que te conduz a situações inóspitas. Não sabemos se estamos presenciando o futuro ou o presente, ou mesmo o passado.


Jorge Gularte
15 de Fevereiro de 2013



Acima a Cabeça Nefasta Nº1 saída do forno em setembro de 2012, abaixo a sequencia de autógrafos em uma animada noite no extinto Bar da Rua ao som contagiante da Roda Viva da Geringonça.







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